quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Esquizofrenia




O termo esquizofrenia foi cunhado pelo neurologista e psiquiatra suíço Eugen Bleuler (1857 – 1939), derivado do grego Schizo ("dividir") e Phrenes (termo que poderia ser traduzido como “mente”), denota a ruptura entre pensamento, emoção e comportamento que acomete os pacientes portadores deste quadro.

Trata-se de uma patologia psiquiátrica grave, de característica crônica e polimórfica, cujas primeiras manifestações costumam aparecer no final da adolescência e início da idade adulta. Os sintomas mais comumente associados a este quadro podem ser divididos em duas classes principais, os sintomas positivos e os sintomas negativos

O primeiro grupo abrange manifestações tais como os delírios (crenças inflexíveis que não possuem embasamento na realidade – por exemplo, um paciente que acredita que seus vizinhos o estão vigiando constantemente sem que exista nenhum indício deste fato), alucinações (perturbações sensoriais – por exemplo, um paciente que enxerga vultos ameaçadores ou ouve vozes que conversam entre elas, comentam seus atos ou que lhe dão ordens), desorganização do comportamento (por exemplo, despir-se em público, perambular sem rumo, recolher objetos na rua, etc.), perda da coerência do pensamento, agitação psicomotora, entre outros. 

O segundo grupo, dos sintomas negativos, inclui os aspectos mais insidiosos da doença, os quais levam a uma lenta degeneração do paciente, e geralmente estão presentes mesmo quando os sintomas positivos estão remitidos. Este grupo abrange o embotamento afetivo (o paciente perde progressivamente a capacidade de expressar emoções), o isolamento social, a diminuição da iniciativa e prejuízos cognitivos em geral (como por exemplo, dificuldades para aprender novas habilidades, dificuldade de raciocínio e déficits de memória).

O manejo da esquizofrenia é difícil, não apenas devido à gravidade dos sintomas, mas também devido à dificuldade de promover a aderência do paciente e de seus familiares. Os principais medicamentos utilizados são os antipsicóticos, como o Haloperidol, a Clorpromazina, a Risperidona, a Olanzapina, dentre muitos outros atualmente disponíveis no mercado. Outras medicações que freqüentemente são utilizadas incluem os benzodiazepínicos, os antiparkinsonianos (ambos utilizados para tratar os efeitos colaterais do antipsicóticos), os estabilizadores de humor e os antidepressivos. Abordagens não farmacológicas do tratamento, tais como certas modalidades de psicoterapia e a terapia ocupacional são ferramentas importantes para auxiliar o paciente a contornar certas limitações impostas pela doença e facilitar sua reinserção na sociedade.

Devido ao curso crônico da doença, marcado por episódios de exacerbação dos sintomas positivos e piora progressiva dos sintomas negativos, os pacientes portadores desta patologia necessitam de tratamento constante e não raro intensivo, a fim de controlar as crises e minimizar as perdas causadas pela doença. Para tanto, é necessário que o paciente disponha de suporte de seus familiares e do auxilio de profissionais capacitados a lidar com a complexidade de seu caso.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Raiva! Você sabe expressá-la?


* Por: Viviane Lajter Segal

O nosso dia a dia é repleto de situações capazes de nos afetar emocionalmente. Podem nos comover, nos deixar alegres ou tristes e também nos deixar com raiva. A raiva é um sentimento natural em todos os seres humanos, mas a forma como cada um lida com ela varia muito. Há pessoas que possuem extrema dificuldade de se posicionar em um momento de conflito e de expressar para o outro a sua insatisfação.

A maioria das pessoas acredita que expressar a raiva significa perder o controle. Não é verdade. Conseguir demonstrá-la não significa que precisemos brigar, ofender ou sermos violentos, mas que possamos verbalizar ao outro o nosso desconforto. É importante reconhecer essa emoção e saber expô-la para quem a provocou.

E se eu me calar?

A dificuldade de expor ou até mesmo de reconhecer a nossa insatisfação gera uma tensão interna que tende a se acumular, uma vez que não permitimos que ela seja dissipada. Esse processo pode gerar diversos problemas futuros para quem se cala.

Um desses problemas, que é bastante comum, é o surgimento de sintomas psicossomáticos. Ou seja, quando não conseguimos esvaziar esse desconforto interno, o nosso corpo reage. Os sintomas mais corriqueiros são os gastrointestinais (gastrite, úlcera, diarreia…), doenças de pele e pressão alta.

Outro problema importante é que quando há um excesso desses sentimentos para si, provavelmente chegará um momento em que essa raiva será insuportável e haverá uma explosão que, consequentemente, será desproporcional àquilo que a desencadeou. Sérias brigas, mágoas e até mesmo rompimentos podem decorrer desse descontrole. Situações muitas vezes sem volta e que geram arrependimentos futuros.

Frequentemente evitamos o confronto com alguém por várias razões que variam entre o medo do embate, insegurança, receio de magoar o outro e medo de ser rejeitado.

Como é possível lidar com essa dificuldade?

O primeiro passo é olhar para si e refletir qual foi o verdadeiro motivo para tamanha raiva. Será que foi a atitude de alguém ou foi a forma como essa atitude refletiu em algum ponto sensível seu? Quando percebemos que temos motivo para estarmos desconfortáveis com uma determinada pessoa é importante seguir em frente e expressar esses sentimentos. Conseguir verbalizar aquilo que sentimos sem medo da rejeição é um importante aprendizado e crescimento pessoal.

Portanto, pare, reflita e se pergunte o que te incomodou tanto na atitude do outro! Qual é a melhor forma de expor a sua raiva? Conseguir expressar suas opiniões e sentimentos promove um forte alívio, pois dissipa toda a tensão e angústia acumuladas. Esse alívio se reflete diretamente no seu bem estar e na sua auto estima. Você se sentirá cada vez mais seguro para seguir adiante e viver mais honestamente as suas relações.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Sol & Lua



"Ouvi, a lua chamando
O sol que brilhando
Estava por vir
O sol, que de amores queimava
Impaciente esperava
A lua surgir
Os dois, que de amores morriam
Jamais conseguiram
Um dia se unir
O sol, por medo da noite
A lua, por medo da dor
O sol, por medo que o fogo
Na lua, queimasse o amor"     25/03/2009

terça-feira, 30 de julho de 2013

Depressão: de pai para filho



Por mais que muitas pessoas ainda se mostrem resistentes e incrédulas quando o assunto é depressão, essa doença é uma realidade e não está limitada apenas ao mundo dos adultos, meninos e meninas ao longo da infância ou da adolescência, por vezes, já têm de enfrentar esse mal. E o pior: com altos índices de reincidência depois das primeiras manifestações.

O mais impressionante, no entanto, é o que revelam dois recentes estudos americanos, um da Universidade de Vanderbilt e outro do Johns Hopkins Children’s Center. Eles mostram que filhos de pais depressivos ou com desordens de ansiedade são até sete vezes mais suscetíveis do que outras crianças a apresentar esse tipo de transtorno. Felizmente, também de acordo com as duas pesquisas, dá para interromper o ciclo desses distúrbios psicológicos de forma precoce.

“Esses problemas, que incluem a síndrome do pânico e as fobias, resultam de uma combinação entre predisposição genética e fatores ambientais”, resume a psiquiatra infantil Ana Kleinman, coordenadora do Programa de Transtornos do Humor da Infância e Adolescência (Proman) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Pais depressivos ou ansiosos, além dos genes que transmitem aos filhos, podem ter maior dificuldade para dar a atenção de que a moçada precisa”, acredita.

A falta de paciência, a agressividade e a indiferença dos adultos podem gerar uma sensação de abandono emocional nos jovens. E, para complicar tudo, essa turma teme ver o pai ou a mãe reagir mal diante de suas necessidades. No consultório de Kleinman, por exemplo, a cena é relativamente comum: ao perguntar a seus jovens pacientes se acham que a vida se passa em uma tela de TV em preto e branco, em geral a médica ouve respostas que refletem angústias e perturbações atípicas da faixa etária.

O mal-estar em uma idade precoce, obviamente, causa culpa nos pais. Mas é preciso esquivar-se desse sentimento. Adultos também são vítimas das mazelas emocionais. “Muitos nos procuram porque seus filhos não estão bem e depois descobrimos que eles precisam de ajuda tanto quanto os jovens”, confirma a psiquiatra Ana Kleinman. O psicólogo Roberto Banaco, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, vai além: “O risco de insucesso é grande quando só a criança recebe terapia”.

Vale lembrar que existem outros fatores para o surgimento da depressão em garotos e garotas, como preconceitos e gozações na escola. O certo é que os transtornos psíquicos sempre desencadeiam algum prejuízo. “Por isso, qualquer atitude que caracterize uma tentativa do jovem de se afastar das coisas que ele gostava de fazer ou sempre fez merece ser investigada”, explica Roberto Banaco.

Nessa escalada, é necessário contar com a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra. O tratamento analítico ou medicamentoso — ambos têm a mesma eficácia, segundo os resultados de um estudo patrocinado pelo Instituto de Saúde Mental dos Estados Unidos — pode ser a corda que puxará toda a família do fundo do poço rumo ao alto-astral. Fonte: blogdasaude.com.br

domingo, 14 de julho de 2013

Estresse Ocupacional, como evitar?




Conciliar trabalho e vida pessoal tem sido o grande desafio do mundo moderno. Muitas pessoas têm pouco tempo para atender as demandas, obrigações e a vida pessoal, por isso se inquietam em não conseguir dar atenção à família, lazer e saúde. A maioria das pessoas trabalha, em média, oito horas por dia. Em alguns casos, as atividades executadas podem causar um estado de estresse extremo, é quando o corpo começa a dar sinais.

Formas de combater o estresse:

Alimentação saudável: frutas, legumes, verduras e carnes são uma boa forma de manutenção da saúde. Sistema imunológico forte diminui o desgaste que o estresse causa;

Evite maus hábitos: o fumo leva ao organismo inúmeras toxinas que afetam negativamente o corpo deixando-o debilitado;

Tenha um bom sono: horários mais regulares, em médio de oito horas de sono por noite, ajudam a deixar o organismo menos tenso;

Exercite-se: 30 minutos de caminhada libera um hormônio chamado endorfina que proporciona o bem-estar. Massagem, Yoga e técnicas de respiração também são bem-vindas;

Psicoterapia: é uma ferramenta que auxilia na elaboração dos conflitos, buscando o autoconhecimento e amadurecimento pessoal; ajuda a lidar com as crises e as fases da vida. Fonte: blogdasaude.com.br

"A saúde é conservada pelo conhecimento e observação do próprio corpo"