A História da Hipnose Condicionativa

Há mais de um século, acreditava-se que para resolver um trauma, havia necessidade de revivenciá-lo, a pessoa deveria passar novamente pelo abalo emocional, tomando consciência da causa do problema. Para chegar até a “causa” do trauma, via hipnose, seria necessário todo um processo de investigação de memória, estas técnicas ficaram mundialmente conhecidas como “hipnose de regressão ou clássica”.

Na hipnose clássica o paciente fica totalmente exposto ao terapeuta (sofrologia), onde existem possibilidades de aflorar traumas, neste tipo de terapia é necessário que as pessoas falem e relatem situações durante o estado de transe, informações estas necessárias para condução do processo terapêutico, em média apenas 20% das pessoas conseguem atingir este estágio.

Em 1957 o médico americano Milton Erickson revela ao mundo sua descoberta: por meio de metáforas e sugestões é possível tratar além dos traumas, inúmeras outras doenças e problemas comportamentais, ampliando o campo de atuação da hipnose cientifica, com a diminuição do tempo de tratamento, com relação à hipnose clássica, sem necessidade de investigação. Para esse tipo de terapia funcionar é necessário que o paciente/cliente esteja susceptível, em média 50% das pessoas conseguem resultados satisfatórios, esta técnica ficou conhecida como Hipnose Ericksoniana.

Descoberta na década de 80 pelo psicoterapeuta brasileiro Luiz Carlos Crozera, a mais recente das técnicas, emprega o bloqueio direto do emocional negativo, sem necessidade de investigar a vida de uma pessoa (rastreando a memória do momento presente até o período de gestação, empregado em todos os tipos de traumas e abalos emocionais; para cada ano de vida é gasto 45 segundos no processo de bloqueio do emocional negativo).

Na Hipnose Condicionativa não são trabalhadas sugestões, nem metáforas, emprega-se mecanismo de condições para a mente humana. O paciente fica passivo, não fala com o terapeuta durante a sessão, esta linha da hipnologia também adota mecanismos com gatilhos condicionados aos sentidos de percepção e comportamento, voltados ao meio e ao metabolismo que são implantados na mente do paciente, esta técnica também emprega terapia de energização, projeção mental, resignificação, entre outras, abreviando o resultado terapêutico em qualquer patologia, elevando a auto-estima (fator primordial para imunologia orgânica), equilibrando o centro emocional, reduz a ansiedade em situações adversas (fator que desencadeia o estresse, a depressão, hipertensão, insônia, diabete emocional, desestabilização metabólica do organismo, descontrole do centro emocional, lapsos de memória, entro outros).

A Hipnose Condicionativa não é uma junção ou fusão de técnicas, mas sim uma nova linha da hipnologia, adota-se o método subliminar para levar uma pessoa ao sono terapêutico (estado de transe), onde o censor crítico (racional) é afastado durante o relaxamento, criando o estado alterado de consciência, a mente passa não analisar, nem criticar as informações que são recebidas mediante a voz do terapeuta. Esta técnica tem contribuído para melhoria da qualidade de vida, atuando também na saúde preventiva e coadjuvante à medicina convencional.