domingo, 29 de julho de 2012

(Sem terra) Das oportunidades



Em meus 34 anos de vida, aprendi a dar valor ao trabalho desde muito cedo. Aos 12 anos, mais ou menos, já ajudava meu tio, hoje falecido, em sua oficina. Trabalhava, assim como ele, na profissão de chapeador. E a vida era fácil!

Na adolescência, estudei na então Escola Estadual Professor Isaías, onde por força do trabalho, tive que estudar à noite, pois o INSS me esperava. E lá fiquei por mais de um ano como estagiário. Mesmo assim, a vida realmente era fácil.

Por quase três anos, fui balconista em uma farmácia da cidade, quando ainda não era necessária a presença de um profissional com formação em farmácia. Cuidava desde a chegada dos medicamentos, sua venda, os trâmites burocráticos, serviços bancários e limpeza em geral. Mas quer saber, a vida era fácil!

Acreditem, trabalhei de repórter durante 03 anos em nosso glorioso torneio Romeu Goulart Jacques, hoje Copa Santiago. Serviço por temporada, mas com dedicação exclusiva. Não precisa sem dizer que, além do prazer que a ocupação me proporcionava, a vida era fácil!

Perambulando por aí, acabei na profissão de Auxiliar de Tecelão em uma fábrica conceituada na cidade. Os turnos, embora “ilegais”, eram de 10 horas, com apenas 30 minutos de intervalo. O serviço era duro e a rotina massacrante. Mas mal sabia eu, que a vida ainda era fácil!

Durante 03 anos, trabalhei como cobrador no transporte coletivo na cidade de Santiago. Foram os anos mais rentáveis e os mais difíceis de minha vida, pois tive que abrir mão, por inúmeras vezes, da companhia de meus familiares. Entrei e sai pela porta da frente, com o apoio dos “patrões“. Queria estudar, voar mais alto. Afinal, a vida ainda era fácil!

Morei fora por 01 ano e meio, mas ou menos. Voltei para realizar um sonho, a formação acadêmica. Foi aí que a vida começou a deixar de ser fácil! Durante o período de estudos, tive a sorte e a devida oportunidade, de trabalhar com alguém muito próximo que, até hoje, além dos laços familiares, preservam-se as relações trabalhistas.

Pois bem. Formei-me! Casei com a melhor mulher que poderia encontrar e tive a filha mais linda que poderia imaginar. Toda a minha trajetória trabalhista, de dificuldades e esforços, só vieram dignificar ainda mais minha nova profissão, a de psicólogo. Mas estranhamente, a vida acabou ficando, agora, nada fácil!

Descobri que moro em cidade que conta muito o padrinho, o sobrenome, o status, as aparências, o dinheiro, ou seja, as coisas mais supérfluas possíveis, embora sejam, ao mesmo tempo, as mais separatistas que se possa imaginar. Descobri muitos caciques para poucos indos, muitos coronéis que, ironicamente, passam despercebidos por parte da população, de sua patente.

Quando jovem, confesso: queria muito ir embora! Mas era coisa de jovem, por assim dizer. Por incrível que pareça, nossa Santiago é uma cidade das mais aconchegantes do interior deste estado. Voltei, fiquei, decepcionei (me)! Não vejo a hora de ir embora! Não pela cidade em si, mas pelos “meandros” que regem as administrações locais. Queria uma oportunidade igual. De me fazer conhecer, mas sem precisar de dinheiro para isso. Estaria você me criticando, dizendo que eu corra atrás da máquina e me faça conhecer por meu trabalho? Você realmente não tem noção da desigualdade a que “falo”. Ou então faça parte da minoria (?) dominante que cresceu em berço de ouro e jamais precisou trabalhar duro na vida. Quem sabe fez-se valer do sobrenome? Padrinho? Tem certeza? Quem sabe paitrocinado? Têm muitos! Mas bola pra frente. Vê-se que a vida já não é assim tão fácil...

Apenas sonhei, talvez, não precisar incentivar minha filha a tomar o caminho de muitos e muitos: a rodoviária... E se for... quiçá, vá junto... sonho! Mas como já disse por aí: as oportunidades estão aí. Todos os dias elas partem, inúmeras, todas da estação rodoviária.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Profissões que estão acabando



O avanço tecnológico faz com que novas profissões surjam no mercado de trabalho e com que outros cargos fiquem para trás tornando-se obsoletos.

A evolução da tecnologia modifica a realidade em que vivemos e, consequentemente, altera o mercado de trabalho. Ao longo dos anos, diversas profissões foram eliminadas, devido à substituição de trabalhadores por máquinas e, hoje, fazem apenas parte do passado. Profissões como datilógrafo, chapeleiro, telegrafista, alfaiate, arquivista e engraxate são desconhecidas para a nova geração, enquanto outras passaram por grandes modificações.

A tendência é que, com o passar do tempo, mais profissões sejam extintas, devido ao surgimento de novas atividades ligadas à tecnologia.

A revista norte-americana Forbes, especializada em economia e finanças, divulgou recentemente lista que indica uma previsão de profissões que serão extintas gradativamente até 2020. A pesquisa foi baseada em dados apresentados pelo governo americano que prevê um desgaste considerável no número de profissões que exigem baixa qualificação do profissional, como assistentes administrativos, costureiras, agricultores, técnicos e operadores de computadores, entre outras.

O mercado, cada vez mais competitivo e tecnológico, tende a exigir trabalhadores mais qualificados e preparados. As novas e promissoras profissões precisam de especialização e atualização constante dos profissionais para que sejam bem executadas.

Veja quais são as profissões ameaçadas, segundo a Forbes:
1 - Agricultor, fazendeiro ou gerente no setor
2 - Carteiros, separador e operador de serviços postais
3 - Operador de máquina de costura
4 - Operador de painel de controle
5 - Cozinheiro de rede de fast food
6 - Pescador e silvicultor
7 - Processador de dados
8 - Digitador
9 - Vendedor de porta em porta, jornaleiro e vendedores de rua
10 - Gerentes e administradores de restaurantes
11 - Montadores de equipamentos elétricos ou eletrônicos
12 - Arquivologista ou Arquivista
13 - Técnicos de impressão
14 - Operadores de computador
15 - Gerentes e superintendentes de serviços postais
16 - Assistentes de escritório
17 - Técnicos de produção da indústria têxtil
18 - Floristas
19 - Operadores de refinarias e extração de petróleo
20 - Consultores financeiros de empréstimos                     Fonte: yahoo

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Surras x Transtornos Mentais



Pessoas que levaram surras na infância têm maiores chances de sofrerem de doenças mentais quando adultas, incluindo distúrbios de humor e ansiedade, além de problemas com o uso abusivo de álcool e drogas, revelaram cientistas nesta segunda-feira.

O estudo, liderado por pesquisadores canadenses, é o primeiro a examinar a relação entre problemas psicológicos e danos físicos, sem considerar agressões mais graves ou abuso sexual, para medir com mais eficácia os efeitos da punição física isoladamente. Aqueles que apanhavam quando crianças tinham uma probabilidade entre 2% e 7% maior de sofrer de doenças mentais mais tarde, indicou a pesquisa na publicação americana Pediatrics, baseada em uma investigação com mais de 600 adultos dos Estados Unidos.

A taxa parece pequena, especialmente porque cerca de metade da população americana afirma ter apanhado na infância, No entanto, ela mostra que os castigos físicos podem trazer consequências futuras, dizem os especialistas. "O estudo é importante porque sugere uma reflexão sobre a paternidade", afirma Victor Fornari, diretor da divisão de psiquiatria da criança e do adolescente do Sistema Único de Saúde Judaica de North Shore-Long Island, em Nova York.

A taxa "não é dramaticamente maior, mas é maior, o que sugere que o castigo físico é um fator de risco para o desenvolvimento de distúrbios mentais na idade adulta", disse Fornari, que não esteve envolvido no estudo. Pesquisas anteriores já mostraram que crianças abusadas fisicamente tinham mais distúrbios mentais quando adultos, e têm mais chances de apresentar um comportamento agressivo que crianças que não apanharam.

Entretanto, esses estudos geralmente lidavam com abusos mais graves. A pesquisa atual exclui abuso sexual e qualquer abuso físico que deixe hematomas, cicatrizes ou ferimentos. Em vez disso, ele foca em outros castigos físicos, como empurrões, agarrões, tapas ou palmadas. Dois a 5% dos entrevistados sofriam de depressão, ansiedade, transtorno bipolar, anorexia ou bulimia, o que pode ser atribuído aos castigos na infância. Já 4% a 7% tinham problemas mais sérios, incluindo transtornos de personalidade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e dificuldades de raciocínio.

Os pesquisadores destacaram que o estudo não pode garantir que os castigos físicos tenham sido a causa das doenças em alguns adultos, e sim que há uma ligação entre as lembranças relacionadas a essas punições e uma maior incidência de problemas mentais. Os participantes foram perguntados: "Quando criança, com que frequência você era empurrado, agarrado, estapeado ou levava palmadas dos seus pais ou de outro adulto que vivia na sua casa?" Os que responderam "às vezes" ou mais foram incluídos na análise.

Novas pesquisas poderão se aprofundar mais no assunto. Enquanto isso, o estudo serve para lembrar que existem outras opções para disciplinar as crianças, como o reforço positivo e a proibição de algum lazer, o que é mais aconselhado pelos pediatras. "O fato é que metade da população (americana) apanhou no passado. Há maneiras melhores de os pais disciplinarem as crianças", disse Fornari. Fonte: yahoo

Ainda há quem defenda... Pois é...