quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Colheita

Mal inevitável, sem censura nem cortes
Dor da dor, maior até que o amor
Sem preferência nem nome
Nos arrasta e nos consome
Mais forte que o mais forte dos homens
Homens que por ela se enfraquecem
Mãe do tempo e das almas
Impiedosa e cruel parada
Poço de sonhos inacabados
Nosso último e certo legado
A grande colheita, de vidas e sonhos
Maldita morte da carne
A quem nada se pode fazer senão esperar
Sorrateira e bandida, vem e nos tira a vida
Deixamos então de ser, para estar
Estar na lembrança dos que ficaram
Que ficaram... A espera do inesperado...
Da colheita que os consumam,
E os coloquem de novo...
A nosso lado.

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